PUC

O que são revistas acadêmicas?

Revistas acadêmicas são periódicos que nós professores pesquisadores geralmente consultamos para fazer alguma pesquisa, preparar algum projeto mais acadêmico ou por uma simples leitura por curiosidade ou interesse ao tema.
            Para uma pesquisa, as revistas acadêmicas são indispensáveis. Elas nos auxiliam na complexa tarefa de ensinar, além de abordar temas atuais e apresentar soluções e geralmente divulgam alguma pesquisa em fase de desenvolvimento. Bolsistas, graduandos, Mestres, Doutores sempre se baseiam em fundamentação teórica e referências bibliográficas para produzir uma revista acadêmica.
            O primeiro texto, “Vygotsky e a zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) três implicações pedagógicas” foi publicado pelo autor Carlos Nogueira Fino, professor associado de nomeação definitiva do Departamento de Ciência da Educação da Universidade da Madeira.  O texto traz informações sobre Vygotsky, seus pensamentos e teorias. Além disso, Carlos cita outros autores para complementar as ideias baseadas na teoria de Vygotsky.  
            O texto se destina ao público de pesquisadores da área da Educação, professores, pedagogos e diretores,  para um público amplo e heterogêneo de estudantes e professores universitários e leigos que se interessam por ensino e aprendizagem.  
            Os textos das revistas exigem, portanto, clareza e simplicidade, dando ênfase as referencias que dão os devidos créditos ao autor do texto original ao qual se faz referência. É uma questão de honestidade intelectual.  A linguagem utilizada é  formal e acadêmica, porém clara e objetiva, afinal os artigos não são muito longos.
O segundo texto, “Lev Vygotsky, o teórico do ensino como processo social” foi Publicado por Márcio Ferrari, professor vinculado com a Revista Nova Escola. Geralmente as matérias desta Revista são bem objetivas, de linguagem simples e circulam por todas as escolas públicas e privadas de São Paulo. O que mais difere um do outro é que o primeiro texto é mais acadêmico, tem mais citações, referências e foi publicado em um lugar mais restrito ao acesso. Já o texto da revista Nova escola, é mais acessível no sentido de que a revista pode ser encontrada em qualquer banca de jornal.
            O autor afirma que  a obra do psicólogo (Vygotsky) ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea.

            Em todos os meus projetos acadêmicos recorri às revistas eletrônicas, mesmo porque é possível ter acesso de vários lugares do mundo, recurso esse indispensável para nós professores. 


TESE



Uma tese é uma tese Mário Prata


inicioSabe tese, de faculdade? Aquela que se defendem? Com unhas e dentes? É dessa tese que eu estou falando. Você deve conhecer pelo menos uma pessoa que já defendeu uma tese. Ou esteja defendendo. Sim, uma tese é defendida. Ela é feita para ser atacada pela banca, que são aquelas pessoas que gostam de botar banca.
As teses são todas maravilhosas. Em tese. Você acompanha uma pessoa meses, anos, séculos, defendendo uma tese. Palpitantes assuntos. Tem tese que não acaba nunca, que acompanha o elemento para a velhice. Tem até teses pós-morte.
O mais interessante na tese é que, quando nos contam, são maravilhosas, intrigantes. A gente fica curiosa, acompanha o sofrimento do autor, anos a fio. Aí ele publica, te dá uma cópia e é sempre – sempre – uma decepção. Em tese. Impossível ler uma tese de cabo a rabo.
São chatíssimas. É uma pena que as teses sejam escritas apenas para o julgamento da banca circunspeta, sisuda e compenetrada em si mesma. E nós?
Sim, porque os assuntos, já disse, são maravilhosos, cativantes, as pessoas são inteligentíssimas. Temas do arco-da-velha. Mas toda tese fica no rodapé da história. Pra que tanto sic e tanto apud? Sic me lembra o Pasquim e apud não parece candidato do PFL para vereador? Apud Neto.
Escrever uma tese é quase um voto de pobreza que a pessoa se autodecreta. O mundo para, o dinheiro entra apertado, os filhos são abandonados, o marido que se vire. Estou acabando a tese. Essa frase significa que a pessoa vai sair do mundo. Não por alguns dias, mas anos. Tem gente que nunca mais volta.
E, depois de terminada a tese, tem a revisão da tese, depois tem a defesa da tese. E, depois da defesa, tem a publicação. E, é claro, intelectual que se preze, logo em seguida embarca noutra tese. São os profissionais, em tese. O pior é quando convidam a gente para assistir à defesa. Meu Deus, que sono. Não em tese, na prática mesmo.
Orientados e orientandos (que nomes atuais!) são unânimes em afirmar que toda tese tem de ser – tem de ser! – daquele jeito. É pra não entender, mesmo. Tem de ser formatada assim. Que na Sorbonne é assim, que em Coimbra também. Na Sorbonne, desde 1257. Em Coimbra, mais moderna, desde 1290.
Em tese (e na prática) são 700 anos de muita tese e pouca prática.
Acho que, nas teses, tinha de ter uma norma em que, além da tese, o elemento teria de fazer também uma tesão (tese grande). Ou seja, uma versão para nós, pobres ignorantes que não votamos no Apud Neto.
Ou seja, o elemento (ou a elementa) passa a vida a estudar um assunto que nos interessa e nada. Pra quê? Pra virar mestre, doutor? E daí? Se ele estudou tanto aquilo, acho impossível que ele não queira que a gente saiba a que conclusões chegou. Mas jamais saberemos onde fica o bicho da goiaba quando não é tempo de goiaba. No bolso do Apud Neto?
Tem gente que vai para os Estados Unidos, para a Europa, para terminar a tese. Vão lá nas fontes. Descobrem maravilhas. E a gente não fica sabendo de nada. Só aqueles sisudos da banca. E o cara dá logo um dez com louvor. Louvor para quem? Que exaltação, que encômio é isso?
E tem mais: as bolsas para os que defendem as teses são uma pobreza.
Tem viagens, compra de livros caros, horas na Internet da vida, separações, pensão para os filhos que a mulher levou embora. É, defender uma tese é mesmo um voto de pobreza, já diria São Francisco de Assis. Em tese.
Tenho um casal de amigos que há uns dez anos prepara suas teses. Cada um, uma. Dia desses a filha, de 10 anos, no café da manhã, ameaçou:
– Não vou mais estudar! Não vou mais na escola.
Os dois pararam – momentaneamente – de pensar nas teses.
- O quê? Pirou?
– Quero estudar mais, não. Olha vocês dois. Não fazem mais nada na vida. É só a tese, a tese, a tese. Não pode comprar bicicleta por causa da tese. A gente não pode ir para a praia por causa da tese. Tudo é pra quando acabar a tese. Até trocar o pano do sofá. Se eu estudar vou acabar numa tese. Quero estudar mais, não. Não me deixam nem mexer mais no computador. Vocês acham mesmo que eu vou deletar a tese de vocês?
Pensando bem, até que não é uma má ideia!
Quando é que alguém vai ter a prática ideia de escrever uma tese sobre a tese? Ou uma outra sobre a vida nos rodapés da história?
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Adorei esse texto e quando li identifiquei muitas coisas que vivi na minha dissertação de mestrado 




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